Turismo - Pelourinho, Mercado Modelo e Igreja do Bonfim

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Pelourinho




       A história do Pelourinho se confunde, em muito, com a história da própria cidade de Salvador, no melhor ponto para a construção da "cidade fortaleza", o hoje chamado Pelourinho, local ideal de suas pretensões.

As razões que levaram a escolha do Pelourinho são bastante claras. É a parte mais alta da cidade, em frente ao porto, perto do comércio e naturalmente fortificada pela grande depressão existente que forma uma muralha, de quase noventa metros de altura, por quinze quilômetros de extensão, o que facilitaria a defesa de qualquer ameaça vinda do mar.
Em poucos anos, Tomé de Souza construiu uma série de casarões e sobrados, na parte superior dessa muralha, todas inspiradas, evidentemente, na arquitetura barroca portuguesa e erguidos com mão de obra escrava negra e indígena. Para dar maior proteção à cidade, o Governador Geral limitou o acesso a apenas quatro portões, estes totalmente destruídos durante as tentativas sem sucesso, de dominação da cidade no séc. XVII.
Na verdade, o termo "pelourinho" é o nome dado ao local onde os escravos eram castigados pelos senhores de engenho. O "pelourinho" era construído nos engenhos, afastado da cidade. A fim de demostrar à população sua força e poder, os senhores de engenho resolveram construir um "pelourinho" no centro da cidade, instalando-o no largo central, hoje área localizada em frente acasa de Jorge Amado. A partir daí os escravos eram castigados em praça pública para que todos pudessem assistir tal demonstração de poder. Devido a esse fato o "pelourinho" virou ponto de referência da cidade, dando nome ao antigo centro da cidade, e hoje Centro Histórico de Salvador.
Com o passar dos tempos, o nome Pelourinho se popularizou, tanto na Bahia quanto no Exterior, passando a referir-se a toda a área do conjunto arquitetônico barroco-português compreendida entre o Terreiro de Jesus e a Igreja do Passo.



Durante o séc. XVI e até o início do séc. XX, o Pelourinho foi o bairro da aristocracia soteropolitana, composta de senhores de engenho, políticos, grandes comerciantes e o clero, por isso a forte influência européia na sua arquitetura e o grande número de igrejas num espaço geográfico tão pequeno e, certamente, o mais antigo da cidade.

Foi justamente nessa época que o poder político da cidade concentrava-se nesse local que ainda tem monumentos como a Câmara Municipal, sede da Prefeitura, a Assembléia Legislativa e a sede do Governo do Estado. Porém, hoje em dia, apenas a Câmara e a Prefeitura continuam com suas sedes no Centro Histórico.


Mercado Modelo

      O prédio, de propriedade da Prefeitura de Salvador, reproduz formas neo-clássicas consagradas da segunda metade do século XIX e é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. É cercado pela praça Cairu, Elevador Lacerda, armazéns das Docas, edifícios comerciais e um pequeno ancoradouro, conhecido como Rampa do Mercado Modelo, onde ainda aportam saveiros. Há poucos anos, no subsolo do Mercado, foram descobertos túneis sustentados arcadas, antes utilizados como refúgio contra os invasores estrangeiros. O local fica abaixo do nível do mar e, por isso, está constantemente alagado.

Mesmo quem nunca veio a Salvador conhece o Mercado Modelo, pelo menos de nome. Muitos ainda conhecem a imagem de cartão postal do belo prédio amarelo. Parada obrigatória para quem visita a capital baiana, o local é um dos cinco pontos turísticos mais visitados de Salvador. A rampa, que serve de ponto de venda de peixes, é citada em pelo menos três livros de Jorge Amado: Mar Morto (1936), A Morte e a Morte de Quincas Berro Dágua (1961) e O Sumiço da Santa (1988). O espaço funciona todos os dias da semana das 9h às 19h. Aos domingos e feriados, o fechamento é mais cedo, às 14h.


Igreja do Bomfim

     A construção deste santuário de peregrinação teve início em 1740 por Teodório Rodrigues de Faria, capitão da Marinha Portuguesa. Situada na única colina da península de Itapagipe, a Igreja do Bonfim, está praticamente concluída em 1754, sendo do ano seguinte a fundação da Irmandade.

A praça em sua frente é delimitada em dois lados por conjuntos de casa de romeiros, construídas pela Irmandade, no século XIX. A planta da igreja é do tipo comum no início dos setecentos, com nave e coro ladeada por corredores e tribunas superpostas, apresentando capela-mor flanqueada pela sacristia e sala de ex-votos. Em alvenaria de pedra e tijolo, o edifício possui pórticos em arcada ao longo da nave, uma transição entre os avarandados do século XVII e os corredores laterais do XVIII.


Sua fachada, praticamente revestida de azulejos brancos portugueses de 1873, possui duas torres em bulbo do final do século passado, quando se dão modificações no frontispício. Seu interior possui decoração neoclássica, onde se destaca a pintura do teto da nave de autoria de Franco Velasco, de 1818/1802. É sede de uma das mais tradicionais devoções da Bahia.

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