Praias, música e cultura fazem do Rio de Janeiro uma cidade verdadeiramente maravilhosa
Eis que um dia alguém resolveu combinar em um mesmo lugar do globo morros com pedras bem altas de onde se poderia ver o horizonte, praias de águas azuis e areias branquinhas, salpicou florestas tropicais com uma enorme diversidade de flores, pássaros e bichos silvestres, adicionou algumas lagoas, um clima paradisíaco e ficou esperando que uma porção de gente que por ali se fixou terminasse sua obra de arte. Nascia o Rio de Janeiro.
Com 5,8 milhões de habitantes, a capital fluminense é o principal pólo turístico do país e, há décadas, um dos primeiros destinos lembrados por estrangeiros que planejam visitar a América Latina. Colaboram para a fama o Samba e o Carnaval, que em 2006 ganharam o complexo de lazer Cidade do Samba, na zona portuária.
Nos anos dourados, o Rio foi apresentado como um estado de espírito. "Pra que chorar, pra que sofrer? Se o sol já vai raiar, se o dia vai amanhecer..." O carioca autor da canção enxerga na paisagem poderes miraculosos, capazes de aliviar a dor, sobretudo a dor de cotovelo. Vinícius de Moraes, diplomata e sambista, compõe com centenas de artistas e escritores um acervo sentimental que faz os brasileiros acharem que conhecem o Rio sem terem ido lá.
Não existem praias e monumentos mais cantados em versos do que Ipanema, Copacabana e o Cristo Redentor, também exibidos à exaustão em novelas, filmes e telejornais. Mas qualquer tela será pequena para a Baía de Guanabara e para os contornos monumentais do relevo que enlaça a mata e o oceano. E a brisa dos trópicos só pode ser sentida no rosto ao vivo. Mesmo pilotos que enxergam tudo do alto pela enésima vez se surpreendem: haverá sempre uma espuma distinta nas ondas, um recanto onde uma chuva recente torna o verde gritante ou um corajoso montanhista tentando escalar a Pedra da Gávea.